O que seguir nas redes sociais? Você é o que Você Consome!

por Virgínia Soares
O que você vê quando olha para suas redes sociais?

Uma das minhas lembranças da escola é um cartaz, provavelmente de alguma instituição ligada à saúde, com a imagem de duas crianças: uma delas era magra e seu corpo era desenhado por frutas, verduras e alimentos saudáveis. A outra era gordinha e os alimentos que formavam seu corpo eram guloseimas. No alto do cartaz a frase: Você é o que você come!

Fui uma criança e uma adolescente com alguns quilinhos a mais, mas os perdi e nunca mais os encontrei em minha vida adulta (pelo menos até agora). Talvez eu tenha aprendido algo com aquela mensagem...

Hoje em dia, quando navego pelas redes sociais, esta lembrança volta imediatamente. E não tem nenhuma ligação com a forma física ou saúde das pessoas, mas sim com a qualidade do conteúdo que elas escolhem consumir!

Ouço reclamações praticamente todos os dias sobre a qualidade do que se encontra nas redes sociais. Hora! Pare de colocar a culpa nelas! Quem escolhe suas conexões é você!
 

O que seguir nas redes sociais


É inegável que o universo digital tomou proporções onde não é possível se controlar a qualidade e veracidade de tudo o que entra ali. Tanto que há várias campanhas em busca de melhorar isso. O Facebook publicou recentemente informações sobre mudanças no seu algoritmo para tentar desfavorecer a divulgação de conteúdos falsos ou sensacionalistas (que sabemos que têm grande capacidade de engajar). Geralmente tratam de assuntos polêmicos que despertam curiosidade e grande número de compartilhamento (sem ao menos o cuidado de uma pequena investigação antes). Ou seja: quem publica ou repassa este tipo de conteúdo são pessoas e empresas sem responsabilidade. Será que merecem ter você como seguidor/consumidor de informação?

Por outro lado, essas conexões sociais nos permitem coisas fantásticas! São pessoas que conectamos virtualmente e que talvez nunca pudéssemos (ou vamos realmente) ter um contato pessoal. São informações sobre um universo infinito de coisas que nos ajudam a controlar nossas agendas sobrecarregadas do mundo atual. É pelas redes sociais que muitas (na maioria) das vezes me informo sobre cursos legais, eventos, notícias e novidades na vida de muitas pessoas queridas (conhecidas ou não, você pode estar conectado a alguma celebridade ou autoridade que não conhece pessoalmente, mas que tem algo interessante a lhe oferecer pelas redes).

Na minha opinião, isso tudo é muito mais positivo do que chato, sem noção ou desinteressante. Se você acha que suas redes hoje estão com mais adjetivos negativos do que positivos, repense. Afinal: você é o que você consome! E quando digo isso não quero dizer que você é os adjetivos negativos que você deu às suas redes, mas que você tem a opção de mudá-los para os adjetivos que você considera relevantes!
 

O que seguir nas redes sociais

 

Estive lendo sobre Mindset e a mensagem principal pra mim sobre este conceito é que somos o resultado das experiências que temos, das relações que desenvolvemos e do conteúdo que consumimos ao longo da vida. E esta ideia se enquadra perfeitamente também nas redes sociais. Não podemos deixar que uma seleção negativa nas redes nos impeça de usar ferramentas que podem nos enriquecer muito! E é exatamente isso que tenho visto acontecer. Pessoas abandonando suas redes sociais, culpando-as por terem conteúdos irrelevantes. Ao invés de fazer isso, creio que o caminho seja refazer essas conexões e torná-las ferramentas produtivas, seja para relacionamentos pessoais ou profissionais. Falei mais sobre isso, especificamente para o Facebook, aqui.

Voltando a minha lembrança do cartaz na infância: E você? Qual figura vê no cartaz das mídias sociais?