O que você está fazendo no Linkedin? 5 dicas para você entender

por Virgínia Soares
Saiba como usar o Linkedin a seu favor

Confesso que demorei um pouquinho pra entender como é que a banda tocava por aqui. Num primeiro momento, o comportamento tendia a ser o de colocar logo o currículo, atualizá-lo com as ferramentas disponíveis e sair seguindo tudo quanto é empresa que me interessava trabalhar, como se ao segui-las minhas chances de ganhar uma vaga lá estariam certas.   

Depois, bora ir à caça de pessoas que trabalhavam em empresas que me interessavam e tentar uma conexão, mandando depressa um convite, sem ao menos nunca ter tido nenhum tipo de relacionamento com ela (o pensamento era: mas ela trabalha naquela empresa que tanto admiro, seria um sonho trabalhar lá, vou conectar com ela e acho que já tenho chances de tentar uma vaga).

Após muito navegar pelo oceano azul deste Linkedin, muito me conectar e desconectar, seguir e parar de seguir empresas e muito ler a respeito, pude compreender melhor, afinal, o que se faz neste tal de Linkedin.

E como percebi entre meus contatos que esta é uma dúvida comum entre a maioria dos usuários, resolvi compartilhar minhas impressões por aqui. A ideia é que elas cheguem às pessoas e facilitem o entendimento sobre o uso da rede. Se algo assim tivesse chegado a mim há algum tempo eu não teria passado tanto tempo atualizando currículo por aqui...

 

Dicas para usar o Linkedin

 

1 - Linkedin não é currículo, é uma rede social profissional e isso é muito diferente!

Ele é um espaço para você se relacionar, como toda rede social! É claro que ele tem ferramentas onde você pode divulgar suas experiências de trabalho e formação, mas este definitivamente não é o foco. O que você deve buscar neste espaço são inspirações profissionais, pessoas e empresas que te tragam algum conhecimento, conteúdo que faça sentido pra você enquanto profissional. Pra isso, esses dados de experiência e formação são importantes pra descrever quem é você neste espaço e ajudar as pessoas a descobrirem se você tem ou não um perfil interessante pra se relacionar com ela, entendeu?



2 - Só se conecte com quem você conhece ou com pessoas que são referência pra você

Pare de ficar enviando convite a toda hora pra pessoas que você não conhece, nunca viu ou nunca teve nenhum tipo de contato profissional (e aceitar convites assim também). Aquele seu amigo de infância, seus primos, ou todos aqueles amigos que você tem lá no Facebook ou no Instagram não necessariamente precisam estar conectados com você no Linkedin. Você precisa se conectar com pessoas que vão trazer algum tipo de conteúdo relevante pra você no âmbito profissional, seja no que você faz atualmente ou em algo que deseja buscar. Linkedin não é lugar de trocar fotos e status de relações pessoais apenas, precisa ser algo voltado ao profissional. Se algum desses seus amigos têm algo relevante pra você neste sentido ótimo! É óbvio que ele tem que estar em sua rede sim. Talvez ele nem seja da sua área profissional, mas é alguém que você admira, que tem conteúdo que possa te inspirar, esse sim, pode e deve estar entre seus contatos. Mas você precisa fazer esta avaliação. Não crie um perfil no Linkedin e saia mandando convites pra todos que você já tem em suas outras redes, o objetivo não é este, certo?


 

3 - Explore tudo que o Linkedin tem para lhe oferecer

A cada dia, a plataforma ganha novas atualizações e na minha opinião pra melhor. O espaço Pulse é um lugar repleto de conteúdo relevante de todos os ramos. Busque por pessoas influentes. Grandes nomes de várias áreas do mercado hoje escrevem por lá e estão sempre sinalizando tendências, compartilhando opiniões, trazendo novidades, enfim, é um prato cheio pra você se atualizar e ter conteúdo de qualidade sobre os temas que julgar importante para sua formação.  


 

4 - Esteja realmente presente no Linkedin

Se você realmente quer usar a ferramenta você precisa navegar por ela e mantê-la atualizada. Vamos combinar: não há nada mais desmotivante que receber convites ou qualquer tipo de interação de perfis incompletos, desatualizados, sem o mínimo de conteúdo preenchido e sem foto! Não dá. Como alguém vai se relacionar com uma pessoa que não tem uma imagem no perfil pra se apresentar? Então se você considera o Linkedin uma ferramenta importante para seu relacionamento e formação profissional hoje (e eu te digo que deveria sim considerar) trate de separar um tempinho pra se dedicar a ter uma página apresentável. E não precisa ser expert em design ou alguém mega referência pra ter um perfil legal, todos devem ter. Basta preencher os dados mínimos necessários pra se apresentar pra um visitante em seu perfil. Se coloque no lugar dele e pense em que você gostaria de saber sobre alguém para ter ou não interesse em se conectar com ela: o que ela faz, algumas das experiências dela, por quais temas ou perfis ela se interessa e a carinha dela, né?


 

5 - Não perca oportunidades!

Se você chegou até aqui creio que já é claro pra você o objetivo do Linkedin: relacionamento profissional. Mas é claro que onde há relacionamento há também oportunidades. As empresas estão presentes no Linkedin para divulgar produtos e serviços, elas já entenderam as possibilidades que a plataforma oferece de falar para públicos específicos, e pode acreditar: todos os públicos estão aqui, basta pesquisar. Mas as empresas usam também todo este banco de profissionais para buscar perfis interessantes e também para anunciar oportunidades. Esteja atento! Não se posicione como Analista de Compras na Empresa Tal..., você não é este profissional, você está este profissional agora. O que não quer dizer que será sempre. Defina seu perfil como o profissional que você é, e não o seu cargo. Seu cargo não define você! As empresas não buscam cargos, elas buscam profissionais, e isso é diferente!

 

*Artigo compartilhado em minha página no Linkedin